Bullying não é Brincadeira

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Segundo o site significados.com.br  a definição de Bullying é: ato de intimidação, ameaça, provocação e agressão. É uma situação que os caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneiras repetitivas, provocada por uma ou mais pessoas ou grupo.

Por que então desejo escrever sobre este assunto? Fui criada em Brasília e tinha boas convivências. Em junho de 1992 vim morar em Teresópolis com meus avós e não sabia que o que na época vivia como implicância, era bullying.

No chão de cimento da casa da minha avó tinha uma mancha escura que logo foi caracterizada pelos primos como o cocô da Mariah. Não compreendia o motivo de me excluírem de brincadeiras por ser filha de pais separados, e menos ainda o por que falavam que eu tinha que andar na fila do meio, pois eu não era nem menina e menos ainda menino. Isso tudo e outras coisas ocorriam em casa.

Na escola eu era introspectiva, e meus primos estudavam na mesma instituição, com isso o bullying rompeu as fronteiras de casa. Era chamada de sapatão, feia e algumas vezes de burra. Tinha uma música que até hoje não entendo a referência, dizia: "Mariah, traz a vassoura".

Tudo foi piorando na época da 8ª série, quando iniciaram as festas de 15 anos das colegas da turma, nas poucas vezes que fui convidada, tinha o drama da roupa a ser usada e ao chegar ficava isolada com minha avó em uma mesa, o colega que se aproximava era zuado por ficar perto do dragão.

Quando comecei a namorar, que cheguei em casa com uma aliança de compromisso, fui ridicularizada, com risos e piadas. O convívio em casa com os primos foi só piorando com o passar do tempo, um dos motivos era não conseguir concluir a faculdade, não saia, terminei meu namoro e lembro de um almoço onde se falava de ir ao Maracanã e um primo virou e disse que iriam todos exceto a Mariah. Este mesmo primo e o cunhado dele falaram para minha mãe que eu só casaria se fosse com uma pessoa "preta e feia", pois não conseguiria nada melhor.

Bom, aqui estou falando de mim, mas algumas pessoas próximas passaram por situações semelhantes, como o caso de um amigo querido que agora nos descreve sua experiência.

A imagem pode conter: 1 pessoa, close-upVou ouvir o que Pedro Vitor tem a nos relatar da sua experiência pessoal:

1.   Na sua vida, em que momento percebeu estar sofrendo bullying?
Bom vamos lá, acho que desde do começo dá escola que eu percebi que eu realmente estava sofrendo Bullying, só não sabia que era isso, eu sofria isso praticamente todos os dias dentro dá sala, porém não contava parar os professores por medo de no dia seguinte, ser pior.

2.    Qual a reação da sua família, diante do bullying sofrido?
Não cheguei a contar pra família sobre o Bullying sofrido por medo, por achar que poderia ser pior se eu contasse de que meus pais poderiam me bater quando descobrissem, eu sempre tive muito medo disso, por isso entrei em depressão, e por muitas e muitas vezes eu pensei até em mutilar meu pulso e no suicídio.
  
3.    Na família, existiu alguma prática de bullying com você ou com pessoas próximas?
Sim, sofri bullying na família também, por parte de algumas pessoas como tios primos e etc ... Hoje eu enfrento o bullying muito mais leve do que antes por que hoje sei que tem formação sobre isso e ajudas.

4.    Como você enfrenta a bullying hoje?
Acho que a minha forma de enfrentar o bullying é conversando e estando perto dá minha família e dos meus amigos, é fazendo aquilo que eu amo e a onde me curei dá depressão e tal.
  
Acho que é isso todos nós precisamos nos encontrar naquilo que gostamos e também devemos dá espaço para essas pessoas falarem aquilo que estão sofrendo e sentindo é muito importante deixarmos que elas falem.













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