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Mostrando postagens de outubro, 2017

Câncer pra mim ainda é um mistério!!!

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Falar sobre o câncer pra mim é adentrar em um dos maiores enigmas da ciência. Isso ocorre durante a multiplicação celular onde um erro e ou mutação acontece na célula e ela passa a se multiplicar rapidamente só que adoecida. Resumindo: nada mais é que um erro que nosso corpo comete ao copiar uma célula sadia e com esse erro ocorre uma multiplicação acelerada da célula doente. Muito se fala de coisas que podem causar essa tão temida doença, mas como explicar os bebês que nascem com câncer e as crianças que desenvolvem a doença na primeira infância?! Pra mim o câncer é um mistério que nós homens ainda não sabemos de fato o motivo de ele surgir. Como explicar jovens que apresentam tipos de câncer que aparecem, em sua maioria em uma idade mais avançada, e nesses casos a doença é tão devastadora que não toma o curso normal de que se aparecesse em uma pessoa de mais idade, ele é pelo menos 10 vezes mais devastador e com um prognostico horrível. Também temos os casos onde a pessoa já com

Os desafios de conviver com a ansiedade ou depressão

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Posso afirmar que de todas as dificuldades que apresentei na vida, o quadro de depressão do Rafa foi a pior delas. Nunca na vida vi o Rafa tão introspectivo, explosivo e triste de uma só vez. Foi quando em uma sexta simplesmente acordou e não levantou para trabalhar, estava tão mal que não teve forças. Quando me dei conta do que estava acontecendo, de imediato entrei em contato com minha psiquiatra e, prontamente, em seu dia de folga, ela foi às 14h atender o Rafa em seu consultório. Uma das formas que a esquizofrenia se manifesta em mim, desde os pródumos, é através da TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada). Naqueles 60 minutos em que o Rafa estava só com a Cris, para mim foi torturante, pois minha cabeça não compreendia o que estava acontecendo e as vozes me culpavam por ver o Rafa sofrendo daquele jeito. Quando finalmente pude entrar na sala e a Cris disse que o Rafa estava em depressão, as vozes automaticamente começaram a dizer que a culpa dele estar doente era minha.

Libertação: Não Sou Bode Expiatório

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Desde que me entendo por gente sempre escutei: não posso, não vou, não faço e etc; por causa da Mariah. Fui crescendo e esses argumentos mudando de forma, mas o “por causa da Mariah” sempre permaneceu lá. Sem que eu percebesse fui me tornando responsável por decisões de terceiros, sem ao menos saber as consequências do ato e em sua maioria qual era o ato ao qual me tornava o empecilho. Um exemplo prático foi quando um dos filhos de meus avós maternos foi morar fora do país e quis levar meus avós pra conhecer um lugar diferente e uma nova cultura, mas a resposta foi que não podiam, pois eu estava no último ano do fundamental II ou no 1º ano do ensino médio, não me recordo ao certo, e não podia perder aula e nem ficar só em casa. Sendo que não fui consultada. Nessa mesma época uma das filhas passava por uma conturbada separação matrimonial, ou seja, eu fui a desculpa, pois o real motivo era a preocupação com a filha, os netos e essa situação como um todo. Outras situações semelh

Psicofobia e o Estigma da Esquizofrenia no Século XXI

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Sabemos desde crianças que temos que respeitar as diferenças, no entanto quando encontramos grupos de minorias esquecemos o que aprendemos e queremos tirar onda ou desqualificar o próximo, seja pela raça, orientação sexual, gênero e até mesmo por algum tipo de deficiência, doença ou transtorno. Eu acredito e sei por vivência que ser chacota dos outros, por motivo de alguma diferença ou por ser minoria, é horrível, mas quando esse preconceito vem primeiramente dos familiares é pior ainda. Falo isso, pois na infância eu era motivo de deboche por ser filha de pais separados, ter sido criada por meus avós maternos, por não gostar de usar saia e/ou vestido, por jogar futebol, por não ter amigos, por ter gostos diferentes das meninas da época e agora na faze adulta por não ser gananciosa e por sofrer de esquizofrenia. O pior do preconceito com o transtorno mental, que chamaremos aqui de psicofobia, é a desqualificação e uso de forma pejorativa do transtorno pelas pessoas. A

Enfrentando meus surtos!

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Tenho estudado muito sobre os surtos na esquizofrenia e o meu ponto de vista em relação a eles, não por uma teoria mais sim por viver o surto é que a cada novo surto eu tenho que ter coragem pra me reconstruir, pois todo surto é tóxico para o cérebro. Acredito que meu primeiro surto tenha ocorrido em 2004, quando fui internada por apresentar “convulsões e/ou pseudocrises”. Nessa época comecei a enfrentar “vozes e visões”, no entanto não conseguia distinguir e nem explicar o que eu estava passando, até por me sentir acuada pelos médicos, toda a equipe do hospital e por meus familiares. Lembro que nunca fui de briga mais após um deboche de um colega de sala levei a coisa como sendo pra mim tão a sério que quase cheguei a via de fato com um sujeito que dava dois de mim. Foi ai que no dia 25 de maio de 2009, depois de um inicio de ano conturbado e estressante, as “visões e as vozes” ficaram claras e bem distintas. Lembro que estava na inserção precoce na sala do RPG e entrei em pâni