Os desafios de conviver com a ansiedade ou depressão
Posso afirmar que de todas as dificuldades que apresentei na vida, o quadro de depressão do Rafa foi a pior delas. Nunca na vida vi o Rafa tão introspectivo, explosivo e triste de uma só vez. Foi quando em uma sexta simplesmente acordou e não levantou para trabalhar, estava tão mal que não teve forças.
Quando me dei conta do que estava acontecendo, de imediato entrei em contato com minha psiquiatra e, prontamente, em seu dia de folga, ela foi às 14h atender o Rafa em seu consultório.
Uma das formas que a esquizofrenia se manifesta em mim, desde os pródumos, é através da TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada). Naqueles 60 minutos em que o Rafa estava só com a Cris, para mim foi torturante, pois minha cabeça não compreendia o que estava acontecendo e as vozes me culpavam por ver o Rafa sofrendo daquele jeito. Quando finalmente pude entrar na sala e a Cris disse que o Rafa estava em depressão, as vozes automaticamente começaram a dizer que a culpa dele estar doente era minha. Foi então que percebi que a doença mental grave afeta não só a mim, mas ao meu marido também.
Não só eu preciso de ajuda, mas o Rafa também precisa ser ajudado. A Cris concedeu um afastamento de 15 dias do trabalho, mas associar a academia, não como luxo ou lazer, mas como terapia.
O mais duro é saber que existiam pessoas que questionaram o afastamento dele por estar indo a academia, por ignorância ou falta de informação, esquecem que através do esporte e da liberação de substâncias químicas que o exercício pode fornecer, é uma das formas de tratamento da depressão e outros transtorno psiquiátricos.
No meu caso, a atividade física desacelera a atividade cerebral, diminui o medo e a TAG, no entanto, tenho que fazer Jiu Jitsu e musculação para obter este resultado.
Por fim, conviver com esquizofrenia, TAG e depressão não é fácil, temos que buscar meios e forças para lutar para que o amanhã seja melhor e mais agradável que hoje.
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