O papel da família no aprendizado

Os familiares que implicaram algo na minha formação foram meus avós, pais e meu marido. Os meus avós sempre acreditaram que eu poderia dar certo e minha avó percebeu que se eu tivesse que estudar sozinha não chegaria a lugar algum. Ela se desafiou a me ajudar, mesmo enfrentando a crítica de alguns filhos que diziam que ela não tinha que fazer isso, pois teria que me virar só. Com auxílio da minha amada avó Mazé, de professores particulares e na graduação da Thais Braga (fonoaudióloga) e de amigos, conclui o curso de Fisioterapia.

Meus avós sempre tiveram alguns pontos de frustração. Fiz pelo menos 6 cursos de inglês e nunca consegui avançar, pois quando chegava no passado me irritava e desistia, para muitos poderia parecer desinteresse e rebeldia de adolescente. Acho ainda hoje que minha avó se frustou por eu não falar o raio do inglês.

O papel de meus avós foi importantíssimo para me desenvolver, pois se não foce eles com toda certeza eu não teria terminado o ensino médio e nem a faculdade.

A minha mãe teve um papel de desconfiança, mas ela não sabe o quanto me desafiava e me estimulava a continuar e a conseguir meus objetivos.

Eu não funciono sobre pressão e quando ela me desafiava eu ficava com mais raiva e acabava esbravejando e brigando com ela, no entanto ela não sabe o quanto me incentivava a seguir em frente. A minha reação de não saber lidar com pressão é característica da esquizofrenia. 

No período em que estava cursando a pós, foi meu marido que me ajudou a passar por este tempo de novas perspectivas, com estudo acompanhado por ele, mesmo em altas horas da noite.

O esquizofrênico com pressão se sente ameaçado e por isso geralmente ele, para se defender, aborrece-se e enfrenta com forma agressiva quem está ameaçando.