Solidão: uma bola de chumbo em minhas pernas!

Nos últimos seis meses tenho me sentindo muito só parece que não estou conectada a realidade que vivo. Muitos vão me questionar, mas e sua família (filho, marido, amigos e etc)? Então o que parece e sinto é que por mais que esteja com eles que não posso falar de tudo e muitas das vezes parece até que eles não me entendem ou já estão de saco cheio de tanta loucura.

Sei que conviver comigo não é muito fácil e em algumas vezes nem um pouco agradável, sei também que em várias situações parece até que não estou conectada a realidade. Tenho convivido muito com meu filho e por várias vezes já me peguei sem saber como explicar o motivo de eu não conseguir realizar as atividades com ele como uma mãe normalmente conseguiria. Às vezes demoro muito a entender o que ele quer.

Tenho vivido com sentimentos opostos nesses últimos tempos, ao mesmo tempo que muito feliz muito triste, feliz por ter realizado o sonho de ter meu marido e o meu filho e triste, mais muito triste mesmo por acreditar que eles poderiam ter perto deles uma pessoa mais normal, que não tenha esquizofrenia, que não acordasse as vezes sem vontade de sair da cama parecendo que existe uma bola de chumbo amarrada em cada perna.

Sei também que lidar com as vozes e com as pessoas que vejo sem fazer com que elas atrapalhem o meu dia a dia sem me tire da realidade, e diferenciar o que é real do imaginário não é fácil. Tenho medo que por estar me sentindo só e sem ter com quem conversar eu acabe entubando tudo e entrando em surto.

Quero que meu pequeno tenha orgulho de mim e não vergonha, por ter uma mãe que tem amigo invisível. Quero muito poder fazer dele um homem de bem e temente a Deus. Já com o Rafa eu só tenho dado a ele trabalho e preocupação é não é isso que quero, quero fazer dele um homem feliz.

Preciso muito tirar de mim esse sentimento de solidão, de tristeza e de vergonha que tenho sentido. Preciso estar firme pelos meus meninos. Muitas vezes para ter forças de sair da cama e enfrentar o dia eu preciso colocar o motivo na frente: levanto para cuidar do meu filho e cuidar do meu marido; levanto por saber que se ficar deitada e largada, tudo o que vou dar crédito é o meu mundo paralelo.

Vamos enfrente e seguindo firme com a psiquiatra, medicação controlada e com a ajuda preciosa do psicólogo.