Minha Visita ao Hospital Psiquiátrico – IPUB-UFRJ

Nenhum texto alternativo automático disponível.Mesmo eujá tendo visto em filmes e novelas hospitais psiquiátricos nunca tinha imaginado como seria visitar e ver a realidade por trás desses muros tão tachados de estigmas.

Quando fomos convidados a frequentar o Entrelaços no IPUB, não imaginava de maneira alguma encontrar lá internos, achava que lá era somente um centro de estudos. Ao passar pela guarita do IPUB percebo que ali era um hospital onde ainda encontramos pacientes pré reforma psiquiátrica.

De início me assustei, pois vi dois internos deitados no chão que não se moviam e ao chegar perto percebi que eles estavam aproveitando aquela bela manhã de sábado. Eu estava preocupada por causa da hora (detesto atrasar) e nesse dia a hora já estava bem avançada. Rafa preocupado comigo e querendo entender onde tínhamos que chegar.

Achamos a sala e iniciamos a responder o questionário, duas horas depois de estarmos no IPUB que entendi, ali nada mais é do que um hospital escola hoje conhecido como Hospital Dia. Nesse momento agradeci a Deus por nunca ter passado por essa situação e peço a Ele todos os dias que me proteja e de sabedoria ao Rafa de conseguir contornar os momentos de surto.

A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas sorrindoMuito me orgulho do grupo generoso de pessoas que encontrei por lá, quantas histórias sofridas são compartilhadas com os doutores Leonardo e Alexandre, com as ajudas do Elias, Olga, Silvana e tantos outros que se esforçam por fazer a doença mental mais humana e livre dos estigmas. Aprendi a amar o Hospital Dia.


No entanto sei que essa luta é desigual, mas eu decidi não desistir de lutar e se cair aprendi a ter forças pra levantar e não ter vergonha de quem sou, ter um transtorno mental grave pra mim só é mais um desafio de muitos que já passei ao longo dos meus 32 anos de vida.

Comentários

  1. Que bacana Mariah...assisti um trecho do vídeo é vi sua fala.

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    1. Obrigada Sarah, acredito que dando a cara a tapa hoje lá na frente outras gerações não precosarão passar pelo que passaMmos até hoje.

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    1. Obrigada Thalles, a intenção é de mostrar que o transtorno mental é problema de saúde e não pervercidade ou falta de caráter. Então a pessoa não pide ser margunalizadavpor tervum transtorno. Os criminosos hoje tem mais vantagens que obportadorbde transtorno e ou doença mental.

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  3. Achei sensacional você dizer que tomou a decisão de não ter vergonha da esquizofrenia que te acomete. Vc é um exemplo de coragem. Tenho uma grande vontade de dar esse mesmo passo, e falar abertamente sobre minha doença com as pessoas do meu convívio, mas ainda temo pelo preconceito que é grande.
    Como tem sido na academia que vc frequenta? As pessoas sabem? Se sabem, como elas se comportam com vc?
    Um abraço!

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    1. Obrigada pelo carinho. Bom onde treino jiu-jitsu os professores e alguns alunos sabem. E na academia também, os professores sabem. Me tratam normalmente. Eu não me coloco como coitada tento ser eu e faço tudo no meu limite. Preconceito existe em todo lugar e com coisas infemas. O preconceito maior vem dos parentes, infelizmente.

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  4. Oi Mariah. Ao lado do IPUB fica o Hospital Pinel. Tanto num como outro o paciente está ali em caráter de emergência. Não ficam internos para sempre. Muitos chegam ali porque pararam de tomar medicação e entram em surto e outros como minha filha no sua primeira crise e precisou internar para que pudesse receber a medicação adequada. É uma experiência marcante mesmo. Graças a Deus minha filha está estabilizada, tomando a medicação, faz exercícios físicos e tem acompanhamento terapêutico. Sou muito grata ao hospital e aos médicos que cuidaram de minha filha.

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    1. Obrigada pot ter lido o texto. Sei que o Pinel fica ao lado do Hospital Dia. E sei também que interacção hoje só em ultimo caso. Tenho a graça de não ter precisado passar por nenhuma internação. Abraços

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