Quero você convivendo com gente!
O
início do ano de 2009 foi bastante conturbado, no entanto estava sendo um ano que
academicamente prometia, pois eu estava decolando em todas as matérias da
faculdade e prometia ser um grande sucesso.
No final do mês de maio e início do mês de junho eu comecei a perceber
que os sintomas que eu tinha desde 2003 estavam se agravando e se tornando mais
nítidos e perturbadores, estava escutando um número grande de vozes e vendo homens
de preto me perseguindo e formigas gigantes andando em mim. Esses homens
montaram um base em frente a casa onde eu morava com meus avós e me vigiavam
pra me chipar e assim me explodirem.
Até
que em uma segunda-feira sai do estágio apavorada, pois eles estavam em toda
parte até mesmo na faculdade, meus avós foram me buscar e aí iniciou toda minha
jornada de conviver com uma doença grave que só recebi diagnostico em 2016. Até
2016 passei por altos e baixos, por bons e péssimos momentos. Nesse turbilhão de
medo, angústias e sofrimento mental eu consegui com o auxilio de grandes amigos terminar do 5º ao 10º período da faculdade de fisioterapia e com boas notas e concluir minha
graduação mesmo depois de 8 anos de altos e baixos.
Só
que nesse texto quero da ênfase ao que minha vó Mazé fez sem saber o quanto
isso seria importante para que eu não tivesse perdas e dificuldades cognitivas
severas e diminuísse a fobia social que eu vivia naquele momento.
Ela
todo dia me levava na aula e muitas das vezes ela assistia aula comigo, tamanho
era o medo que eu sentia em ficar fora de casa e não ficou só por aí, ela todos
os dias, por umas 3 vezes ao dia, ela arrumava uma maneira de me levar na rua onde eu, tremendo e não querendo sair, ela me puxava pelo braço e dizia que eu não tinha
que ter medo pois ela estava comigo e não ia deixar que ninguém fizesse nada
contra mim. Mesmo quando eu achava que estavam lendo meus pensamentos ela dizia
que ela não ia permitir que me fizessem mal algum. Meus avós ligavam pros meus
amigos e pediam pra que eles me levassem pra sair pra eu não ficar enfurnada
dentro de casa. Eles me tiraram da zona de conforto no pior momento da minha
vida.
Hoje
tenho total certeza de que se não fosse à determinação deles e os incentivos em
me tirar totalmente da zona de conforto não seria quem sou e nem teria atingido
as metas que atingi até agora. Digo isso também por saber que como tive uma
demora de diagnóstico tive vários altos e baixos, algumas das vezes, nem eu acreditava
que conseguiria me ergue novamente.
Quando eu não acreditava mais e meus avós já cansados pela idade, veio através das orações deles o clamor para que Deus colocasse uma pessoa boa em meu caminho e foi assim que Deus trouxe o Rafa novamente pra perto de mim e agora é ele que me tira da zona de conforto, juntos passamos por muitas dificuldades por falta de uma conclusão de diagnostico; descobrimos o diagnóstico de Esquizofrenia Paranóide e juntos estamos escrevendo uma nova fase de nossas vidas na espera da chegada do nosso filho, pois já estamos habilitados a mais de dois anos.
Quando eu não acreditava mais e meus avós já cansados pela idade, veio através das orações deles o clamor para que Deus colocasse uma pessoa boa em meu caminho e foi assim que Deus trouxe o Rafa novamente pra perto de mim e agora é ele que me tira da zona de conforto, juntos passamos por muitas dificuldades por falta de uma conclusão de diagnostico; descobrimos o diagnóstico de Esquizofrenia Paranóide e juntos estamos escrevendo uma nova fase de nossas vidas na espera da chegada do nosso filho, pois já estamos habilitados a mais de dois anos.
Muitos
podem não entender o motivo de termos lutado tanto pra conseguir descobri o
diagnostico, mas foi com o diagnostico correto que veio o tratamento adequado,
a ideia de montar o blog e a inserção no grupo entrelaços (grupo esse que não me
vejo mais fora). O mais importante do convívio no entrelaços foi conhecer
tantos pares, familiares e profissionais maravilhosos como: Dr. Leonardo, Dr.
Alexandre, Elias, Olga, Silvana e toda a galera do IPUB-UFRJ.
No
entanto isso só foi possível acontecer pois no início meus avós me tiraram da
zona de conforto.
Se para mim foi fundamental sair da zona de conforto e encontrar apoio e base em tantas pessoas, em especial nos amigos próximos, como não pode ser diferente em outras pessoas? O que você precisa hoje para sair da sua zona de conforto e se reprogramar para enfrentar os seus desafios? Tenha coragem, se precisar de ajuda chame os amigos.
Se para mim foi fundamental sair da zona de conforto e encontrar apoio e base em tantas pessoas, em especial nos amigos próximos, como não pode ser diferente em outras pessoas? O que você precisa hoje para sair da sua zona de conforto e se reprogramar para enfrentar os seus desafios? Tenha coragem, se precisar de ajuda chame os amigos.
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