Engordei, o que fazer?


Resultado de imagem para engordei o que fazerConheço muita gente que fica perguntando o que fazer para perder peso ou mesmo conseguir perder aquele quilinho indesejado. A muito tempo venho lutando com a balança para encontrar a resposta para essa pergunta para mim mesma.

Em janeiro de 2016 depois do falecimento do meu avô Tarcísio engordei um pouco, acredito que foi a forma que minha cabeça encontrou de enfrentar a perda, o luto e o estresse que vivi com tudo que estava acontecendo e com o simples fato de ele não estar mais perto de mim. Só que o problema não era só a morte e a ausência do meu vovozinho, eu não estava com a esquizofrenia controlada, pois estava em constante estresse e os sintomas positivos (como delírios, alucinações sensitivas, olfativas e visuais) a todo vapor.

O médico que me acompanhava não era maleável e tinha um certo receio de falar com sinceridade o que eu tinha e ai aumentava o estresse,  a ansiedade e ai os sintomas positivos ficavam mais aflorados. Foi então que resolvemos ouvir outra opinião com a orientação da endocrinologista e do meu psicólogo. A consulta foi bastante minuciosa e ai fomos ajustar as medicações, nesse período engordei muito em dezembro de 2016 eu estava com quase 90kg.

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, óculos e close-upIniciamos 2017 e começamos a fazer atividades, fomos ao nutricionista, matriculamos-nos na academia e eu voltei ao jiu-jitsu. Cheguei a emagrecer, até que o inesperado aconteceu, meu sogro faleceu no dia 18 de outubro, o tio do meu marido um mês depois veio a óbito, uma prima e a nossa vizinha faleceram também, com tanto caos e perdas entrei em um quadro de ansiedade muito grande.

O problema é que eu quando fico ansiosa como compulsivamente, e mais, os ajustes do Seroquel XRO (meu remédio diário para o controle da esquizofrenia) que por si só já aumenta a vontade por doce, então estou eu aqui com 98kg.  Para piorar o quadro de ansiedade a vó Leontina (vó do Rafa) veio a óbito de uma forma estúpida uma semana antes do dia das mães, até o momento não digeri tantas perdas em um curto espaço de tempo. 
Na última consulta com a psiquiatra, ela por vários motivos achou interessante entra com a fluoxetina pela manhã, o susto que eu tomei foi enorme e acredito que meu marido também, pois com um comprimido a ansiedade baixou absurdamente, cheguei a conclusão que eu devia estar com um quadro de ansiedade muito alto, pois nenhum remédio desse tipo faz efeito tão rapidamente. 

Eu ainda não emagreci mais sei que preciso emagrecer, pois se quero treinar o jiu-jitsu, que tanto gosto de praticar, tenho que ter o mínimo de condicionamento pra não correr risco de passar mal treinando.

A fluoxetina tem sido pra mim de muita ajuda; pois não estou tão alucinada por doce e nem beliscando constantemente, a comida não é o melhor remédio para ansiedade ele mascara o problema e quando  o “caldo entorna” é por que o corpo pediu arrego em outro órgão.

A imagem pode conter: Mariah Aragão Das Neves, sorrindoAgora o que preciso é retomar o processo anterior, com a retomada do exercício e ao Jiu-Jitsu, buscar a ajuda da nutricionista e controlar minha ansiedade, a terapia também tem papel fundamental para que possa entender tudo o que está acontecendo. Ah, vale lembrar o que meu marido fala muito para mim: "A mulher do espelho está feliz com o corpo que tem? Sempre ao se olhar no espelho pense: melhor ser uma gordinha linda e controlada, do que uma magrinha infeliz".

Conte para nós o que você tem feito para controlar a sua ansiedade e o seu peso. Vamos compartilhar os nossos esforços.

Comentários

  1. Você começou a ter esquizofrenia com quantos anos? Com a medicação você continua tendo alucinações e delírios as vezes?

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  2. Boa tarde, obrigada por deixar seu comentário. Eu tive os primeiros sintomas do pródomo na adolescência no inicio dos anos 2000, em 2009 aos 23 anos tive um surto psicótico muito severo onde iniciei tratamento psiquiátrico, só recebi o diagnostico de esquizofrenia em 2016 pós mudar de psiquiatra. Eu estou bastante estável o que tenho ainda é residual por causa do tratamento inadequado, as vozes atualmente não me incomodam mas tenho alucinações sensitivas essas sim me incomodam mas não são constantes, e até os dias atuais me sinto perseguida só que num grau minimo, tenho aprendido a lidar com as pessoas que vejo e com as vozes de maneira que não as deixo me terrorizar.

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