Superproteção até onde faz bem?
Sempre recebo mensagens perguntando
como consigo escrever tanto ou mesmo como tenho tempo para passar pelas
dificuldades e escrever. Aprendi a base de muitas quedas que preciso ser livre.
O que vou escrever aqui é um dos
relatos mais difíceis para mim, pois durante muitos anos vivi sobre a superproteção
exagerada de meus avós e a hostilidade de familiares.
Quando decide casar foi uma luta
enorme, pois todos falavam como seria minha vida sem eles por perto, como seria
capaz de arrumar uma casa, se na casa dos meus avós nunca precisei fazer nada,
se nunca fiz um arroz, ou mesmo lavei um banheiro?
Fato é que com a liberdade que vem no
casamento, onde posso ser eu mesmo e com a ajuda, preste bem a atenção no
termo: AJUDA, do meu marido, pude entender o meu lugar no mundo.
Foi a duras penas que aprendi que a superproteção
faz tão mal quanto a hostilidade, pois ficamos irados pelo fato de não sermos
respeitados em nossa individualidade. Quantas vezes precisei receber um
presente de natal escondido de meus primos para não ter comparações de
presentes? Isso era uma superproteção que não me aproximava de meus primos, mas
queria que eles fossem embora logo para saber o que ganharias de meus avós. Sei
que meus amados avós faziam tudo para me proteger e me oferecer um melhor
ambiente de vida com eles, podendo confiar em tudo neles. Isso eu entendo que é
natural em alguns casos.
A terapia com o psicólogo foi fundamental
para saber meus limites. Hoje posso compreender que posso sim fazer uma arroz
melhor do que o meu marido, que posso lavar roupas melhor que algumas
lavadeiras. Tudo depende da necessidade e da liberdade, tudo depende do amor.
Já falei no último texto sobre a importância
de amar e ser correspondida e volto a falar neste, pois foi no ambiente de
diálogo com limites que aprendi o quanto sou livre. Opa, você pode até achar
engraçado, mas sim, o limite é necessário. Não sou a dona da razão em tudo, não
posso fazer tudo, mas tudo que posso fazer preciso fazer bem feito.
Se você está se sentindo pressionada a
fazer o que não gosta, se está se sentindo muito sozinho, ou ainda, se está
sendo hostilizado por águem, não se preocupe, procure ajuda de um profissional,
garanto que ele pode ajudar muito.
Eu sei que agora eu tenho alguém com
quem compartilhar e poder ouvir uma opinião que me ajuda. A superproteção não é
boa, pode ser necessária em algum momento da vida, mas precisamos criar asas.
Como sempre, seus textos são excelentes!!!
ResponderExcluirObrigada Sarah, temos que mostra a cara pq só assim as pessoas vão aprender.
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