Transtornos mentais e a sexualidade

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Cada dia mais ouvimos as pessoas falando de sexo e o prazer que eles tem em viver uma vida sexual ativa. Parando para pensar no ambiente de quem tem um transtorno mental, pergunto: É possível haver uma sinergia entre uma mente com transtorno e alguém sadio?

Muitas pessoas acreditam que o paciente psiquiátrico é um maníaco sexual, que busca realizar o seu prazer abusando do próximo ou de sua exposição demasiada para o sexo. Outros olham como se fossem assexuados. Esta semana tentarei mostrar a todos os que lerem esse texto que não é nem muito e nem tão pouco.

O paciente psiquiátrico pode sim ter uma vida sexual normal, sendo que em alguns momentos da vida ele pode ter algumas dificuldades devido o uso de alguns medicamentos.

Muitos não sabem que os antidepressivos podem ser usados para tratamento da ejaculação precoce e pode causar algumas dificuldades na pessoa que faz o tratamento. Alguns homens vão ficar felizes por conseguir ter relações mais duradouras, mas encontra partida, alguns podem se sentir lesados ao ponto de ter uma relação que vai fatigar e levar a uma exaustão extrema.

Eu e meu esposo somos muito parceiros, estamos ambos em tratamento psiquiátrico, pois muitos cuidadores acabam desenvolvendo algum tipo de transtorno, nós percebemos que teríamos algumas dificuldades e foi ai que percebemos que teríamos que arrumar meios que facilitasse e ajudasse em nossa vida sexual.

A imagem pode conter: 3 pessoas, incluindo Mariah Aragão Das Neves e Rafael Das Neves Carvalho, pessoas sorrindo, pessoas sentadas e área internaQuando meu marido iniciou o tratamento eu tive um aumento de minha medicação, e passei a sofrer muito com os sintomas negativos da esquizofrenia, foi ai que nos deparamos com algumas dificuldades sexuais. Neste momento foi necessário tornar nossa vida sexual mais interessante e prazerosa para os dois. Percebemos que a preliminar teria que ser bastante interessante e que o jogo de sedução teria que ser mais divertido, em alguns casos uma sedução durante todo o dia, para que no momento oportuno tudo favorecesse ao ato sexual.

Sabemos que a vida conjugal não se resume ao sexo, só que ele faz parte; então tivemos que aprender a lidar com as dificuldades um do outro. O principal de tudo isso é o afeto, compreensão, companheirismo, respeito e acima de tudo muito amor que sentimos, pois com amor tudo se supera na vida de um casal.

Tenho a certeza que muitos vivem uma luta muito grande para conseguir conversar sobre este assunto com os seus familiares e cuidadores. Saibam que vocês não estão sozinhos. Pude entender e viver melhor minha sexualidade quando consegui conversar com meu marido antes do casamento e poder entender o que produziria em mim. Sou muito feliz em poder compartilhar com o Rafa meus sonhos, medos e desejos. 



Comentários

  1. Querida Mariah, muito pertinente suas colocações e experiências. Você abordou o assunto , sexo,com uma leveza e quebrando paradígmas.Realmente com cumpricidade ,amor e esperança , podemos dizer que, a vida é bela!
    Seus relatos renovam cada dia nossas esperanças.Orando sempre por você e o Rafa, exemplo de muita fé , foco e amor.Beijos!

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  2. Obrigada 🙏🏻
    Acredito que só melhoramos quando aceitamos e com isso podemos ajudar a quem não aceita e luta contra si mesmo.

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  3. Ótimo assunto a se abordar . Vc sentiu diferença no libido com a medicação? O Haldol não me tirou nada e tenho medo que quando tiver que trocar o remédio isso diminua .

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    1. Obrigada por comentar no blog. Com o seroquel não tive problemas. E nem vejo isso como problema quando se vive um amor sincero e que vai além da sexo.

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