Superando a Fobia Social
Com a chegada do Gabriel tive que buscar me reinventar em relação com o próximo, não só com os familiares mas também com outras pessoas principalmente.
Nunca fui uma pessoa sociável, sempre me isolava dos outros, até mesmo dos familiares. Na adolescência isso se acentuou e na faze adulta piorou bastante. Só que desde que voltei com o Rafa pensei em ter filhos e sempre busquei em pensamento ajudar o meu filho a não ser como eu e ajudar a ele a ter bom convívio com as pessoas.
Antes da chegada do Gabriel, logo que recebemos a habilitação, sempre me preocupei em como faria pra conviver com os pais dos amigos do meu filho? Já que como falo sempre que tenho medo de gente.
Foi aí que nessa sexta que passou a minha tia chegou na minha avó comentando que haveria em sua casa um rodízio de pizza na parte da noite, nunca fui de me convidar pra nada, mas como a minha prima vei passar a semana com o marido e os filhos achei que essa era a grande oportunidade de começar a enfrentar a fobia social.
Foi aí que disse ao Rafa que nós iríamos; e fomos, foi maravilhoso. Consegui conversar mesmo sendo gradativo essa etapa, busquei não me isolar e consegui integrar o Gabriel com os primos.
Meus primos comentaram de fazer um churrasco hoje e lá fomos nós, mesmo estando completamente ardidos do sol, pois fomos à praia no Rio ontem. Foi tudo muito bom e ver o meu pequeno feliz foi melhor ainda. Não me isolei e nem fiquei calada, participei de tudo, tanto na comilança como nas conversas.
Cheguei à conclusão de que eu preciso quebrar essa fobia e de que ninguém precisa saber dos mínimos detalhes. Mais uma vez digo: que eu sou uma pessoa e não um transtorno, mesmo sabendo das barreiras que a esquizofrenia me impõe.
Continuo aqui a dizer que o tratamento terapêutico em todos os que me ajudam como as sessões do meu psicólogo Marcus Vinicius e da minha querida psiquiatra Cristiane Pimenta, minhas terapias manuais como essa escrita, a música e a medicação adequada fazem com que a minha vida seja 99% parecida com a dos ditos normais.
Parabéns pelo texto. Expressa a verdade e os mitos que maior ia das pessoas espera de um vilnevulne. Bjs
ResponderExcluirObrigada pelo carinho Ana Maria, as pessoas precisam aprender que o transtorno mental é uma condição e não levada na brincadeira.
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