Psicofobia no próximo


Nesse feriado de carnaval fui eu pra rua em minha cidade, pra levar meu filho pra se divertir com os primos e com toda nossa família. No domingo eu e Rafa ficamos com as três crianças, nosso filho e nossos sobrinhos. 

Passeamos bastante e levamos as crianças pra lanchar, depois viemos pra nossa casa com eles e fomos levar eles em casa pós banho e nos divertimos na casa da minha cunhada. No dia seguinte saímos novamente só que fomos todos, minha cunhada e meu cunhado com meus sobrinhos, eu e meus meninos, minha sogra e minha cunhada mais nova a Daiane.

Nos encontramos no shopping e depois fomos andando até a praça olímpica e decidimos ir todos ao McDonald, chegamos e a fila estava gigantesca, meus sobrinhos foram brincar; eu, minha sogra, meu cunhado, minha cunhada Daiane e Gabriel ficamos na mesa esperando Rafa e Priscila, após quarenta minutos de fila eu fui ajudar meu esposo e minha cunhada, no total ficamos praticamente cinquenta minutos na fila.

Fomos lanchar depois de muito tempo de espera e quando estávamos nos levantando pra sair começou uma grande confusão dentro do McDonald, de início achei que a briga era por causa da demora na fila, só que quando sai e encontrei meu esposo que estava indignado do lado de fora do estabelecimento, perguntei o que aconteceu e ele olhou pra mim e disse psicofobia.

Nesse momento eu respirei fundo e perguntei como assim? Foi aí que ele me explicou que a senhora não estava gritando pela demora na fila; e sim pelo simples fato de que um senhor reclamou com o gerente que era absurdo ela não entrar na fila como todos e ser atendida preferencialmente, foi aí que o gerente falou que ela podia pedir o direito pois ela tem esse direito a usufruiu dele, a senhora pediu pra chamar a polícia pois esse senhor estava a agredindo verbalmente por ela ser portadora de um transtorno mental grave.

Por fim à senhora desistabilizou e o agressor meteu o pé indignado deixando as pessoas que lá estavam constrangidas pela situação e indignadas com a postura da senhora. Foi aí que meu esposo virou e falou pra eu se estiver só sem ele e sem meu filho nunca entrar na fila preferencial, pois a falta de conhecimento e o preconceito são gigantes com a pessoa que possui um transtorno mental grave.

Diante disso tudo que presenciei me pus a refletir: vivemos em uma sociedade hipocrita que luta pelo direito de uns e de pessoas que têm uma deficiência que é invisível que você olhando não percebe, torna a pessoa um bandido. Chego mais uma vez a concluir que continuamos numa sociedade que não aceita o transtorno mental grave como um problema de saúde e sim como sinal de marginalidade e falta de caráter.

Quando acho que as pessoas estão entendendo o transtorno mental percebo que não entendem e que o preconceito só aumenta, que a grande mídia é o maior marginalizador do transtorno mental grave e que os advogados de porta de cadeia são cruéis querendo usar dos transtornos pra aliviar a pena de bandidos e ou de psicopatas. Caráter não é sinônimo de bandidagem ou psicopatia.

Comentários

  1. Muito bom seu texto. Realmente é isso que acontece.

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    1. Narci, isso me deixa bastante chateada, as pessoas só olham o umbigo delas é o preconceito é muito grande.

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