Psicofobia na minha família

Fico abismada de em pleno século XXI onde a informação chega as pessoas em um piscar de olhos de ver que ainda existe gente que desconhece a saúde mental e rótula as pessoas de forma tão preconceituosa e infantil.

Sou portadora de um transtorno mental e nem por isso sou inferior aos outros seres humanos, busco a cada dia viver melhor e sem pisar ou prejudicar ninguém, pois caráter não é alterado por um transtorno. Tenho limitações sim, não consigo viver em um alto grau de estresse e nem trabalhar 8 horas diárias.

Sou mãe e amo ser mãe, tenho a maior certeza do mundo: sou uma excelente mãe e sim  escolhi adotar um filho e ele não é diferente de nenhuma outra criança por ser adotado, muito pelo contrário, ele é uma criança que transborda amor, alegria e simpatia.

Sim posso ter filho biológico mas só pra deixar claro que amor vem do coração, do encontro de almas e da necessidade de amar com sinceridade, ouvir por aí que ter um filho adotado é um problema me soa como nos primórdios onde ser homossexual era taxado como doença.

Meu filho é meu e na certidão dele encontra-se o meu nome e o do meu marido e não fiz nada ilegal, tudo foi feito dentro de todos os parâmetros legais. Primeiro fomos habilitados e depois ficamos na fila como todo casal de bem que quer ter um filho por meio de adoção.

Nos dias atuais a adoção não é forma de casal infértil ter filhos e sim uma escolha de amar de forma diferente; é mais intenso que a maternidade natural. Digo isso pois sou mãe da forma natural também, e sim o amor é igual  só que não chega com tanta intensidade como na adoção, o ser mãe biológica mesmo tendo perdido o meu filho Vitor me fez ver a adoção na forma mais literal de encontro de almas onde somos escolhidos e amados por um ser humano indefeso e sedento por amor.

Quero ter mais um filho e hoje pra mim não interessa se ele será biológico ou adotado o amor é o mesmo. 

Sim tenho um transtorno e sou mãe adotiva e isso não me diminui e sim me enche de orgulho de poder mostrar a essa sociedade hipócrita que loucos não existem, pelo simples fato de sermos diferentes em tudo, não existem pessoas iguais, meu caráter vem da criação que tive e da fé que professo, caráter não vem do DNA. Vale lembrar que a menina que matou os pais era filha biológica e outros casos parecidos com esse existem também, como o pastor aqui no Rio de Janeiro que foi assassinado foi por mera ganância de seu filho biológico e a esposa investigada, fica claro pra mim que aí é falta de caráter  e ganância que levaram esse pai e pastor a óbito. 

Ao meu filho eu ensino o que é certo e errado, o caminho da fé a seguir e os ensinamentos da sagrada escritura: ensina ao seu filho o caminho que deve andar que quando ele crescer jamais se desviara dele. 
Não passo a mão na cabeça do meu filho quando ele está errado, pois lá na frente ele será um homem de bem e de princípios. 

Ao meu filho dou limites, e você recebeu de seus pais limites ou se acha acima do bem e do mal?

Conheça a mim antes de julgar por achismos ou preconceitos tolos e sem fundamento.Quando for falar de uma criança lembre-se que alguém pode fazer o mesmo com o seu filho, com você ou com algum parente seu que você ama.





Comentários

  1. Respostas
    1. Muito obrigada pelo feedback. Pode compartilhar se quiser.

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  2. Mariah, ótimo texto! Você é um exemplo de mulher guerreira. Seu texto faz pensar no julgamento como forma
    de excluir o outro, que de alguma forma pode ser diferente. E se for? Qual seria o problema, né? As pessoas preconceituosas precisam ser trabalhadas. Atrás desse preconceito existe um trauma que precisa ser cuidado. Precisamos debater mais sobre o assunto.
    Você corajosa como sempre levanta a bandeira do afeto, da coragem, da igualdade, da esperança.
    Quero sim agradecer por você compartilhar seu depoimento.
    Abraço e beijo a essa família linda!!!!❤😘

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  3. Obrigada pelo carinho, infelizmente o preconceito existe é das formas mais absurdas. Sempre lutarei pois somos todos diferentes.

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  4. Muito bem, Mariah, você é uma super mãe! Boa Semana!

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    1. Obrigada Henrique tenho me esforçando ao máximo pra isso. A luta contínua.

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